sexta-feira, 24 de outubro de 2014

REFLEXÃO E AÇÃO - CADERNO V - TÓPICO 1

Com um grupo de colegas, faça um levantamento das situações em que vocês se sentiram excluídos(as) de decisões que afetam a vida da escola e o seu trabalho. 
Qual a origem dessa exclusão (de quem ou de onde partiu)? 
Quais os possíveis motivos para tal exclusão? 
Faça o mesmo para situações em que se sentiram incluídos(as) na tomada de decisões dessa mesma natureza. 
Quais os possíveis motivos dessa inclusão? 
Discuta com os colegas a que conclusões podem chegar a partir desse levantamento, tendo em vista a participação na gestão democrática da escola. 
Que posturas vocês estariam dispostos a assumir frente ao que concluíram?


10 comentários:

  1. Caderno V


    A discussão sobre gestão democrática é bastante ampla como bem colocado no caderno V, envolvendo políticas públicas, as esferas próprias da escola, desde os professores aos funcionários, alunos, direção e comunidade e suas relações com os poderes públicos. Como bem encaminhado, a democracia é um exercício constante que não é dado e, sim, conquistado. Por meio do exercício das tensões estabelecidas pelas diferenças, a busca por um caminho melhor que possa representar a maioria, significa que é preciso estabelecer o diálogo e ceder muitas vezes, para conseguir traçar esse caminho que não se encontra pronto. Parece que é aí que muitas vezes se perde o rumo, pois , tem-se a ilusão de que o caminho jé existe e que somos nós que nos adequamos ou não, perdendo a individualidade e as particularidades. Em função desta mesma ilusão é que a ideia de democracia nos acaba sendo dada como produto pronto. Historicamente, já aprendemos que a abolição foi assinada como “presente”, a Independência proclamada pelo descendente da família real, a república proclamada por um sujeito X, enfim, as decisões importantes que visam ao futuro de uma sociedade mais igualitária e democrática “prescinde” das pressões populares que as demandam e são “presentes” ofertados por pessoas “especiais” de nossa história. Será que é por essa narrativa histórica que aprendemos a esperar que o espaço democrático nos seja dado e não por nós conquistado?
    Na escola, muitas vezes consideramos que as decisões não são apresentadas de maneira democrática, sendo imposta como decisão da gestão e ponto. No entanto, também é importante perceber que em ocasiões de exercício democrático, nas quais os pares são postos a decidir, ainda não conseguimos superar as diferenças por um ideal comum, como, por exemplo, uma expectativa na educação. É preciso avançar bastante e amadurecer essa prática.
    Tendo em vista esse preâmbulo, por entendermos que a gestão e o exercício democrático são conquistas e práticas que não se resumem à decisão final constante no ato de votar, precisamos nos focar na construção de um PPP do qual participe a maioria, e que essa maioria consiga percebê-lo como seu documento de construção e de planejamento democrático. A partir desse documento norteador e cuja dinâmica se manifesta na realidade vivida, podemos nos referir à construção dos objetivos a serem, preservados, alcançados e construídos por um conselho escolar realmente representativo, por um grêmio também representativo e por uma direção que se entenda como representante de sua comunidade.

    Daniele Franco e Cristine C. de Amorim (arte)

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  2. Caderno 5 Tópico I

    O debate sobre a Gestão Democrática é uma temática presente na fala dos diferentes atores da comunidade escolar é muito importante para o trabalho na educação. A gestão democrática requer a participação de todos (as) na tomada de decisões no ambiente escolar.Em relação a nossa prática em vários estabelecimentos em que passamos, alguns com mais democracia outros com menos, percebemos que muitas vezes as ideias discutidas em reuniões não são bem aproveitadas e somente as decisões de alguns prevalecem seja por diferentes razões: muita dispersão nas falas dos envolvidos (as) , dificuldade em focar no que é realmente importante para o coletivo, alguns indivíduos possuem o" poder da palavra" ou seja gostam de falar em público ou são menos tímidos e muitas vezes as suas opiniões são acatadas como a da maioria, diante disso é importante destacar a complexidade do ambiente coletivo , assim como os momentos, as pautas de reuniões e outros aspectos que são necessários para uma boa gestão democrática!
    Em um ambiente coletivo encontramos diferentes sujeitos, cada um com a sua visão de mundo, história de vida, valores e outros e no cotidiano a tomada de decisões assim como posturas individuais e coletivas devem ser repensadas e refletidas e que cada um possa contribuir para uma melhor gestão escolar.
    É destaque que participar da gestão escolar é de suma importância para uma maior qualidade da educação seja em âmbito municipal, estadual ou federal. Devemos assumir uma postura responsável e ética dentro de uma escola e na vida de forma geral. São muitos os desafios para uma boa gestão democrática mas a vontade de ter um um ambiente baseado na ética e compromisso com uma educação de qualidade é o inicio de uma boa gestão democrática.( Daniel- geografia - Elói-geografia )

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  3. A participação coletiva na tomada das decisões no ambiente escolar requer uma mudança de atitude de todos aqueles que, de alguma forma, estejam inseridos nesse meio, daqueles que formam o que costumamos chamar de comunidade escolar.
    Essas mudanças vão desde o “querer participar”, identificando os fatores que fazem com que a participação seja insuficiente e trabalhando em prol da superação dos mesmos, na tentativa de se fortalecerem as relações entre os grupos e seus representantes, até o amadurecimento de cada indivíduo, no sentido de que possíveis divergências de opinião, naturais em qualquer processo que se diga democrático, não resultem em disputas pessoais com a finalidade de se beneficiar (ou prejudicar) apenas um pequeno grupo ou uma determinada área (como ocorre com certa frequência nas escolas), mas que essas divergências sejam tomadas como possibilidades de uma construção de interesse coletivo.
    É provável que nossa pouca experiência com a democracia, seja ela em âmbito nacional, na escolha de nossos governantes, ou no que tange à gestão escolar, seja um fator chave para a superação dos problemas. Nossa falta de compreensão e vivência em sua plenitude, quando direitos e deveres de cada cidadão nem sempre são respeitados, inclusive pelos próprios cidadãos acarreta em uma série de resultados que distorcem seu real significado.
    Nas escolas esse fenômeno tem grande responsabilidade pelo insucesso na consolidação dos projetos político-pedagógicos (ou pela falta deles). Além disso, a própria desorganização do processo contribui negativamente para a escassa participação da comunidade escolar na tomada das decisões e nos possíveis encaminhamentos. A pouca clareza com relação aquilo que se deseja faz com que as pessoas envolvidas, os maiores interessados no bom funcionamento escolar (comunidade escolar) por vezes, se distanciem das discussões, fazendo prevalecer o pensamento de um grupo reduzido, mas mais participativo, que nem sempre expressa a vontade da maioria. Daí a importância em se fazer com que as “regras do jogo” sejam bem claras para todos, a fim de que possam contribuir substancialmente nas possíveis mudanças, segundo o desejo da coletividade e fazendo com que a gestão democrática seja algo bem real.
    Albano - Física

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  4. O cancelamento das eleições da direção por parte do governador Beto Richa é uma das mais recentes formas de exclusão de decisão que interfere diretamente na escola e no meu trabalho. Esta ação é imoral e chega a ser ilícita, visto que contraria a democracia estabelecida em território nacional. Há vinte anos as escolas públicas conseguiram ter o direito de escolher seus representantes e o governo, junto a câmara, retiram-no com o discurso que tem muito a melhorar. Sim, as eleições para governo também, mas nem por isso é correto impedir o povo de exercer o direito ao voto.
    A análise do PPP foi uma das formas bem abordadas neste ano letivo aqui no CEP, o que possibilitou todos os professores fazerem suas colocações e discutirem a escola e formas de trabalho. Acho que nunca vi aqui ou em outra escola um trabalho tão efetivo como foi o deste ano.
    Observar a relevância desta ação possibilita sobre uma maior reflexão sobre o nosso trabalho, o que é bom para todo o corpo escolar.
    As leituras realizadas no caderno 5 também possibilita ao docente querer participar mais diretamente da gestão escolar, sendo em cargos de direção, quanto em conselhos escolares.

    Barbara (Química) e Fernando (Biologia)

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  5. A gestão democrática escolar é entendida como o processo que rege o funcionamento da Escola e compreende tomada de decisão conjunta na execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo a participação de toda a Comunidade Escolar.
    Entende-se por Comunidade Escolar a equipe de Direção, a equipe Pedagógica, a equipe Administrativa, alunos regularmente matriculados e com frequência e segmentos de gestão colegiada.
    A Gestão Escolar, como decorrência do princípio Constitucional da democracia e colegialidade, terá como órgão máximo de direção o Conselho Escolar.
    Numa visão democrática, o Projeto Político-Pedagógico deve ser elaborado com a participação de todos os profissionais da escola. De forma coletiva, onde possam se sentir sujeitos do processo de transformação da realidade. Visando, uma sociedade mais justa, igualitária e cidadã.
    Devemos refletir na escola os valores culturais da comunidade e da cultura escolar, e delinear a proposta da escola a partir desta realidade. A história da cultura de uma escola depende de todos. Pois sem partilha não se cria uma cultura positiva para a escola. Assumir a escola e sua clientela, partilhando a história da construção de um projeto e tomar posse dessa história e de seus feitos, só assim estará contribuindo para a construção de uma proposta educacional sólida e coerente com as novas demandas da sociedade.
    Desse modo, a gestão escolar deve ser compartilhada e participativa, onde todos como o Grêmio Estudantil, Conselho Escolar, APMF, líderes da comunidade devem fazer parte e contribuir com o Estabelecimento de Ensino.
    Nilton Cezar dos Santos

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  6. Uma situação na qual me senti excluído não é fácil descrever, mas como os professores Fernando e Bárbara citaram, uma situação que ocorreu recentemente, do governo que conseguiu cancelar o direito da comunidade escolar eleger seus representantes, foi uma total falta de respeito com nós professores.
    Por outro lado, uma situação na qual me senti incluído, novamente como citado pelos colegas professores, a de participar da reelaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, certamente a participação de diferentes pontos de vistas, opiniões, é possível elaborar um documento que norteará de maneira mais precisa, o desenvolver, caminhar da nossa escola.
    Certamente a participação do coletivo para estabelecer critérios do regimento do trabalho comunitário é de suma importância, a unificação das idéias das diversas áreas do conhecimento, serão capazes de gerir o bom desenvolver da vida escolar.

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  7. Caderno v- Tòpicos I, II,III,IV,V,VI

    1- educação é considerada um dos espaços centrais da escola pública. Compreendida como espaço social comum, no qual se busca a realização da plenitude da liberdade da dignidade humana e da ação política democrática (Arendt, 1995 ). esta é representada pela escola a qual sistematiza o saber, onde o estudante se socializa e percebe o outro em sua relação. Nesta perspectiva do fazer a educação é necessário que posamos estar com nossos pares de maneira que troquemos nossos conhecimentos e aprendemos com isso. O trabalho coletivo e pelo coletivo é imprenscidível.

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  8. A gestão democrática se consolida em seis princípios citados pelo texto estudado: igualdade, liberdade, pluralismo, gratuidade e valorização dos profissionais da educação. A da gestão escolar acontece quando os segmentos envolvidos e a comunidade assumem o respeito às diferenças e a liberdade de expressão. Não depende somente da legislação, ainda que seja uma dimensão fundamental. É um processo de construção social . Isto posto, a gestão da educação e a gestão democrática se interpenetram e se definem mutuamente. A educação é um direito social este é viabilizado pelos saberes da escola.
    No segmento Direção escolar e a gestão democrática, sente-se que mesmo com a conquista em 1980 da eleição de diretores, não garante uma gestão democrática na escola. Para que este processo se reitere é preciso que o colegiado entenda o que é uma gestão democrática e como ela possa ser viabilizada dentro do âmbito escolar. Este processo é uma conquista e exige dos envolvidos um trabalho voltado para a construção social, trabalho coletivo diálogo sincero , transparências de idéias. enquanto houver imaturidade diante deste processo ou ainda muitos estarem voltados para seus interesses pessoais , usufruindo de práticas politiqueiras não haverá crescimento.
    O conselho escolar dentro da linha histórica marca início em 1970 no Brasil. Este segmento só se fará democratizado a partir da consciência de que as desições tomadas serão a partir do que a escola realmente precisa e não da relação de seus participantes com outras pessoas do colegiado. este processo deve garantir junto aos demais segmentos, integração, diálogo político, pedagógico, entendimento de como é a escola, do que precisa e de quem são as pessoas que compõem o colegiado. E este só terá um trabalho efetivo se a comunidade escolar entender que a escola tem visões diferenciadas e conflitantes do que é educar, do que é qualidade de ensino e de como lidar com as situações.

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  9. O grêmio estudantil poderá desempenhar um papel essencial no desenvolvimento do protagonismo juvenil de natureza crìtica . Sua existência e funcionamento dependerá do projeto político pedagógico para se fortalecer em cultura democrática de ações voltadas para a construção social dos envolvidos. quebrando estigmas de segmento que promove festas e eventos, mas que participa ativamente do processo reforçando a proposta de diálogo transparente e participação ampla. Este deve estar mediado pelos professores que serão interlocutores do processo.
    Nem sempre o que chamamos de democracia é de fato democracia. Como está no texto, nem sempre quando se fala em democracia na escola se faz democracia na escola. Sabe se que mesmo estando sedimentada no projeto político pedagógico nem sempre efetiva-se a cultura democrática na escola. existe um distanciamento do que se propõe fazer e o que de fato se faz. É necessário que tenha autonomia para praticá-la, respeitando as diretrizes da comunidade escolar, respeito do que é legitimo como identidade daquela comunidade escolar. Esta autonomia defini-se como auto dirigir-se partindo da concepção como orientação para educar seus alunos de forma autônoma. Infelizmente , baseando-se no que está configurado historicamente o texto nos revela como marca cultural nacional, o patrimonialismo. Apresentando uma concepção de que se tem poder para mandar e obedecer. Mas, é imprescindìvel pautar-se de que a autonomia não se concede , porém se conquista. De maneira natural e não imposta. Uma gestão democrática na escola pública propõe ênfase nas posições discordantes, porém transparentes e abertas para as discussões com seus pares.
    Desta forma, é necessáŕio descrever os maiores desafios de uma escola pública em uma gestão democrática:
    -respeito a relação como o outro, consciência da comunidade escolar, autonomia, autenticidade, acreditar na coletividade e no bem comum sem prevalecer valores pessoais.
    A democracia deve-se estar implicitamente no cotidiano do ser humano. O projeto político pedagógico é o relato do cotidiano escolar, é a sua identidade. a relação entre o Projeto político pedagógico e a gestão democrática se efetiva nesta premissa. Compreendida assim, a democracia assume uma importante função pedagógica. Em dois momentos da vida escolar a gestão democrática mostra-se particularmente importante: Na construção do PPP e na sala de aula. O PPP não é apenas uma exigência legal para se guardar nas gavetas da escola. Ele é a identidade, a direção e é político pelas suas relações, pedagógico porque propôe uma definição do ser humano que se quer formar. è a intencionalidade da escola. sendo assim, só poderá fazer parte de uma gestão democrática se houver a participação e entendimento dos envolvidos no processo.

    Prof. Pedagoga. Mônica Soares

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  10. Nas escolas sempre são feitas reuniões em pequenos grupos para tomadas de decisões, depois de discutidas as ideias nos pequenos grupos (por áreas do conhecimento), as discussões são levadas no grande grupo, sempre em reuniões pedagógicas com essa finalidade. Em algumas situações, as decisões são tomadas mas não são efetivadas, e isso faz com que o coletivo de professores sintam-se sem voz para as tomadas de algumas decisões.
    Discute-se muito, mas pouco se aproveita da opinião dos professores, parece que quando são feitos os debates para as tomadas de algumas decisões, é só para dizer que teve, pois a impressão que se tem é que a decisão já está tomada antes mesmo dos professores se expressarem,
    Em relação ao conselho escolar, todos nós sabemos que ele existe e que reuniões acontecem com frequência, mas não sabemos quais são as pessoas que nos representam. Temos conhecimento da pauta de reunião, mas não sabemos das decisões tomadas nesses encontros, deve-se melhorar a comunicação antes e após as reuniões com os seus pares.
    As direções de escolas procuram ser bastante democráticas, trazendo sempre discussões que nos sejam pertinentes.
    As eleições para o grêmio estudantil acontecem anualmente, mas percebe-se pouca atuação destes com os estudantes. O grêmio deveria participar mais de uma conscientização da importância dos estudos nos dia a dia e participação maior de ações sociais.
    Quanto à gestão escolar temos abertura para discussão e tomadas de decisões, entretanto, algumas decisões discutidas coletivamente não são efetivadas.
    Quanto à APMF é bastante participativa, superou uma fase bastante turbulenta, mas está se reestruturando e tem possibilidade de melhorar bastante, para que isso ocorra deveria ter mais participação das pessoas envolvidas na escola: pais, estudantes, direção, funcionários e comunidade.
    Quanto ao PPP temos muitas discussões para melhorias e legitimação do nosso regimento. Geralmente as discussões são feitas em pequenos grupos, ou por uma comissão, e em seguida são levadas para o grande grupo, para uma melhor discussão e efetivação.

    Professores: Denise Adriane Regis e Enzo Aparecido de Souza (Matemáticos)

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