sexta-feira, 24 de outubro de 2014

REFLEXÃO E AÇÃO - CADERNO V - TÓPICO 5

Tente realizar com um grupo de colegas a identificação de ações de caráter patrimonialista presentes no interior da escola ou na relação desta com os pais. 
Faça o mesmo com exemplos concretos de “autonomia concedida” e autonomia efetiva nas escolas onde atuam. 
Junto com um grupo de colegas, troquem e registrem suas experiências relativas à forma como os pais com que têm contato se manifestam a respeito dos três aspectos que, segundo Paro, condicionam a participação deles na vida escolar. 
Com base no que discutiram, proponham formas pelas quais possam ser rompidas e superadas as práticas patrimonialistas existentes na escola, assim como formas de articulação com os familiares dos alunos que ajudem a superar os condicionantes que dificultam sua participação.

Um comentário:

  1. O caráter patrimonialista é visível nesta escola como em qualquer outra. Dentro da sala de aula, o professor costuma se achar acima de todas as regras. É ele quem decide sobre o que é certo ou é errado, independente da instituição. Ele próprio se vê, assim como parte da sociedade, como a elite intelectual. Muitos pais têm realmente receio de vir conversar com o professor e de ser desvalorizado – mesmo que indiretamente, visto que não consegue controlar as ações do filho - apesar que a ideia que o professor sempre tem a razão vem sendo engolida pelo sentimento que ‘tenho que proteger meu filho, acima de tudo”.
    Algumas práticas auxiliam no rompimento deste sentimento:
    - Ações pedagógicos, para que o professor possa se ver que o aluno também é sujeito na escola
    - Capacitações como esta, que auxiliam na reflexão de nossas ações
    - Incentivo a participação dos pais na escola, fazendo que o mesmo também possa atuar de forma participativa.
    Em relação a autonomia, acho mais complicada a garantia de uma autonomia efetiva, visto que desde o descobrimento do Brasil, pouco lutamos pelos nossos direitos: até protestamos esporadicamente e utilizamos de meios tecnológicos para mostrar nossa insatisfação, mas nas urnas ou tentando lutar até adquirimos aquilo que achamos justo, deixamos muito a desejar. Acabamos nos contentando por aquilo que nos é cedido – autonomia concedida – e reclamamos entre nossas paredes do que seria nosso por direito. Exemplo, aceitar que não houvesse eleições para diretores. Era para estarmos, nós ou nossos representantes, até agora discutindo sobre isso, mas já tornou-se esquecido. Até porque para alguns, realmente excluo a direção do CEP desta fala, é cômodo permanecer onde está. Então, é melhor que tenha sido prorrogado o cargo, pois mesmo que injusto, me beneficiaria.

    Barbara (Química) e Fernando (Biologia)

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